segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

De que morrem os nosso jovens

Esse é o título de uma reportagem publicada em julho de 2012,   pelo Observatório de Imprensa da OI, pelo jornalista Luciano Martins Costa, que que fala sobre  o aumento do número de mortes de jovens no nosso país. Os indicativos de violência contra jovens e adolescentes é considerado como uma verdadeira epidemia social, que denuncia uma grave patologia, representada pela incapacidade de lidar com a rebeldia natural da juventude.

Os dados do Mapa da Violência 2012 revelam que os assassinatos de jovens até 19 anos cresceram 376% desde 1980, enquanto o total de homicídios com vítimas de todas as faixas etárias subiu 259%. Em muitos casos, os autores das mortes são policiais.

Os números revelam que há baixíssima tolerância, em geral, para atos de delinquência ou simples rebeldia praticados pelos mais jovens. Entre as causas do aumento da violência contra essa faixa da população pode estar a maior liberdade de movimentos que os jovens e adolescentes ganharam nas últimas décadas, passando a se expor mais frequentemente a situações de risco no ambiente externo ao de suas casas.

Os números são alarmantes, tanto as vítimas quanto os algozes, em sua grande maioria são jovens.
No Grupo Fraterno, existem famílias que fazem parte dessa triste estatística por terem perdido seus filhos jovens, vítimas da violência urbana.
Se  tornaram também vítimas eternas desse ato ignóbil que sofreram, porque não perderam apenas o seu filho querido, perderam parte da sua dignidade, da fé, da esperança, foram brutalmente feridos  no âmago das suas almas.
Quem enfrenta esse tipo de perda de entes queridos por violência, tem um desafio enorme, por ter de viver com a perda dolorosa, ainda tem que lidar com a impunidade, com a morosidade dos julgamentos e também com a impossibilidade de julgar por não se saber sequer quem matou seu filho. Resta ainda para essas famílias a triste constatação de que nada vai trazer o ente querido de volta, ainda que o algoz seja julgado, condenado ou morto.
Em muitas situações de perdas, os pais tendem alcançar uma resignação por entender que as fatalidades de morte por acidente, por uma doença inesperada e fatídica, por morte deliberada pela própria pessoa fazem parte da dinâmica da vida. Entretanto, quando a morte é causada por um ato insano e tresloucado de uma pessoa sem nenhum motivo, apenas pelo simples prazer de matar , é hora de questionarmos o mundo que vivemos, onde a vida é tratada com descaso, com desrespeito, com desamor.

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