segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Datas Festivas

Ah! Como são difíceis essas datas para quem perdeu alguém querido!
Mesmo para quem já sentiu a falta que faz aquele filho, aquele pai, aquela irmã que partiu tão de repente, a falta no cotidiano, o abrir da porta, a cama vazia, o lugar á mesa, a fruta ou o doce preferido e tantas outras situações em que a saudade nos torturou intimamente.Mesmo para quem já passou por tudo isso, as datas festivas têm um "plus" de dor e de saudade simplesmente torturante.
Costumamos driblar esses momentos de diversas formas, ás vezes, nos isolando, fazendo uma viagem, fazendo de conta que está tudo bem, ou ressignificando as datas.
Nada tão fácil assim, mas penso que quando nos isolamos ou fazemos de conta, estamos fugindo da realidade, o que é diferente de viajar por exemplo, onde estamos encarando a vida, com as possiblidades que ela pode nos oferecer, apesar de tudo.
Ressignificar a data, acho que casa bem com olhar o próximo que sofre, que vive a solidão, que se encontra nas prisões, nos hospitais, significa compartilhar um pouco da nossa dor com a dor do outro e nessa troca conseguirmos preencher, ainda que momentaneamente, o vazio deixado por aquele que partiu.
Pode significar também desfrutar da alegria de poder conviver com os que caminham com a gente, honrando a quem partiu, mas também a quem ficou, mesmo com a ausência fisica.
Podemos também pensar que a separação física não significa separação de fato, pois os laços que unem pessoas que se amam, não se desfazem jamais.
Os nossos parcos sentidos é que nos impedem de perceber a presença do ente querido petinho de nós.
Assim fica mais fácil fazermos a travessia dos dias mais difíceis.
Eu acho.

Izabela