sábado, 9 de janeiro de 2016

PERDA










Se você já experimentou a perda de um ente querido, sabe o quanto isso é devastador. Embora eu tenha certeza sobre a vida do Outro Lado, também já fui dizimada pela dor, não por aqueles que partiram para o Lar, mas por mim mesma, separada deles por dimensões diferentes, por mais que essa separação seja temporária.
 
Cavalgar o corcel negro da dor é um processo dilacerante, vazio, entorpecedor, enfurecedor e intensamente pessoal. Leva o tempo que tiver que levar - nem mais, nem menos. Isso não é novidade, apenas um lembrete se você estiver tentando ajudar alguém que esteja sofrendo.
A palavra deveria, não significa nada - o que ela deveria estar sentindo, o que deveria estar fazendo, quão próximo da recuperação deveria estar, quando deveria ter vontade de sair e encontrar pessoas novamente.
Compreendo a necessidade de tentar aliviar a dor de alguém, mas por trás desse empenho está uma característica da natureza humana: é tão doloroso e assustador assistir à dor que com frequência nossos esforços são mais para o nosso próprio conforto do que para o deles.
 Não, a coisa mais útil que você pode fazer por um ente querido que está sofrendo é, com o maior respeito, colocar-se ao lado dele para que tenha alguma coisa em que se segurar até estar pronto para desmontar e caminhar novamente. 
 
Do Livro : O OUTRO LADO DA VIDA DE SYLVIA BROWNE

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Flores para você, Ivana!

                                       

Filha, hoje completam 35 anos do seu renascimento aqui na Terra, há 9 anos você retornou.
Desde então, tenho tentado aprender a conviver com a sua ausência e com todo o ensinamento que ela me trouxe.
Ainda lembro de você todos os dias,  e quererei lembrar por todos os dias dessa existência.
Às vezes no rosto de um bebê que lembra você pequena, outras vezes na cor da pele ou do cabelo de alguma outra moça que os meus olhos buscam, outras vezes na maturidade de alguém da sua idade, fico a projetar como você estaria: casada? com filhos? trabalhando?morando onde?
Outras vezes te vejo num gesto, num olhar dos teus irmãos  que lembram o seu,  vejo quanta semelhança existe entre você  e os seus irmãos. As recordações deles próprios quando mencionam algo que era só seu, ou lembrando a própria convivência com você, trás para fora toda a saudade que carrego em mim.
Vem a saudade, não mais a tristeza, ela foi substituída pela certeza que a vida prossegue sempre e aí onde você está, outras relações se consolidaram, outros reencontros aconteceram e você vive feliz.
O tempo nos trás esse privilégio de deixar tudo asserenar e permitir que vivamos com paz, equilíbrio e serenidade apesar de tudo.
Não sei qual será o peso dessa data,  05 de Janeiro, na dimensão em que te encontras, para mim será sempre uma data muito importante. E meu desejo é que aí também se faça a sua festa, junto com tantos outros que partiram ou que ficaram te esperando(fica a dica).
Como sempre, todos os anos, tenho buscado de alguma forma celebrar esta data e simbolicamente  te dar algum  presente significativo,   indo a  um orfanato,  orando, encomendando flores.
É a forma que tenho de materializar da forma que hoje é possível, um pouco do amor que tenho por você.
No instinto de proteção que as mães carregam, apelo sempre para que Nossa Senhora te ampare nos seus braços amorosos,  nas suas dificuldades maiores e que Jesus sempre seja o seu Guia nas decisões e nos propósitos de vida que você precise alcançar.
Gostaria que hoje você fosse despertada com música, com flores, com perfumes maravilhosos e a certeza que te amamos muito.
Bençãos de Luz, da sua Mãe que tanto te ama!!!!!! 

Iza