domingo, 19 de junho de 2016

Palavras de Divaldo Franco




 No mês de Janeiro de 2013, em uma cidade do sul do Brasil, mais de mil jovens estavam numa discoteca, uma banda que se apresentava, utilizando fogos de artifício, provocou um incêndio de grandes proporções.
A cobertura do clube era de substância plástica. Com o fogo, o plástico eliminou uma substância tóxica. Morreram duzentos e quarenta e três jovens. Foi algo terrível!
Muitos jovens saíram e lembraram de amigos que estavam dentro. Entraram novamente naquele inferno, sem perceberem o tóxico e morreram intoxicados. Foi uma calamidade!, mais de cem ficaram feridos, queimados gravemente, aspiravam aquele ar envenenado e ficaram com a sua vida marcada para sempre.
Isso provocou um impacto internacional. De vários países, foi mandado pele humana para recobrir os corpos queimados.
Vou com frequência a essa cidade, e recebi vários convites para proferir uma conferência. Deixei passar aquele tempo de maiores sofrimentos humanos e há 20 dias estivemos lá.
Como era uma questão de impacto, não havia nenhum salão para acolher a multidão que queria ouvir. O prefeito ofereceu a Plataforma Ferroviária, que é uma área muito grande. Compareceram 10.000 pessoas !
Cada um levava a sua cadeira. A rede de televisão transmitiu. Todos esperavam o que o Espiritismo iria dizer.
A nossa mensagem foi bem diferente do que eles esperavam. - Que se pode dizer à uma mãe cujo filho desencarnou nessa situação? - Á uma família que perdeu quatro filhos de uma vez? - Aos jovens noivos, namorados? Uma cidade de estudantes universitários, de uma grande Universidade. Estavam ali a melhor floração daquela sociedade, não somente daquela, mas de várias outras, que vieram ali estudar e foram vitimadas.
A nossa mensagem foi da IMORTALIDADE.
Falamos que eles estavam vivos, que haverá um reencontro e que voltaremos a ser felizes, longe do sofrimento.
Antes da conferência, atendemos a uma fila de mais de 200 pessoas. Todos que tinham um filho, uma filha, desejavam notícias. Como estavam, sofrem? Sentem saudades? Como é a vida, além da vida fisica?
O que a mim impactou, e estou  acostumado a tragédias, é que eu via os filhos, quando alguns desses pais chegavam próximos, eu eu lhes dizia:
- Está aqui fulano... está acompanhado de beltrano... que o recebeu além da vida. ... eram os familiares que haviam morrido antes.
Depois da palestra, a fila era de mais de mil pessoas e foi impossível atender a todos, um a um. Deixamos uma mensagem pela TV, transmitindo coragem e a certeza da sobrevivência. O que mais me comoveu foi ver 10.000 pessoas em silêncio absoluto, por mais de uma hora e meia.
Quando proferi a oração de gratidão a Deus, milhares choravam, sem mágoa, com a dor da saudade e agradecidos a Deus pela certeza do reencontro, com os afetos amados.....
Então, a certeza da sobrevivência será indispensável na Era Nova! Divulguem que a vida continua e peçamos ao Senhor que nos abençoe.


Cartas de Liginha - Recebida em Junho de 2016.

terça-feira, 7 de junho de 2016











Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.
As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito. Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.
O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.
A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.
Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.
Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente  passam por fases semelhantes. Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade. Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa. Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.
A seguir a tendência é retrairem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross). Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores;  outros caminham para a superação. Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos. 
A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.


Fonte:    Maria José G. S Nery - Psicóloga Clínica
 (Psiqweb - GJBALLONE)