sábado, 9 de janeiro de 2016

PERDA










Se você já experimentou a perda de um ente querido, sabe o quanto isso é devastador. Embora eu tenha certeza sobre a vida do Outro Lado, também já fui dizimada pela dor, não por aqueles que partiram para o Lar, mas por mim mesma, separada deles por dimensões diferentes, por mais que essa separação seja temporária.
 
Cavalgar o corcel negro da dor é um processo dilacerante, vazio, entorpecedor, enfurecedor e intensamente pessoal. Leva o tempo que tiver que levar - nem mais, nem menos. Isso não é novidade, apenas um lembrete se você estiver tentando ajudar alguém que esteja sofrendo.
A palavra deveria, não significa nada - o que ela deveria estar sentindo, o que deveria estar fazendo, quão próximo da recuperação deveria estar, quando deveria ter vontade de sair e encontrar pessoas novamente.
Compreendo a necessidade de tentar aliviar a dor de alguém, mas por trás desse empenho está uma característica da natureza humana: é tão doloroso e assustador assistir à dor que com frequência nossos esforços são mais para o nosso próprio conforto do que para o deles.
 Não, a coisa mais útil que você pode fazer por um ente querido que está sofrendo é, com o maior respeito, colocar-se ao lado dele para que tenha alguma coisa em que se segurar até estar pronto para desmontar e caminhar novamente. 
 
Do Livro : O OUTRO LADO DA VIDA DE SYLVIA BROWNE

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