segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Manoel Carlos fala da perda do segundo filho.

Nem a perda do filho mais velho no ano de 2012, afetou sua vontade de trabalhar, ao contrário, diz o autor de novelas Manoel Carlos. E continua falando que tem sido muito duro lidar com a perda do filho, mas a reação de defesa é um desejo imenso de mergulhar no trabalho. Só um trabalho tão pesado como escrever uma novela é capaz de afastar um pouco os pensamentos da perda. Preenche os dias e as noites. É uma terapia.
A morte do primeiro filho Ricardo nos anos 80 de aids, foi uma tragédia anunciada, na época não existiam medicamentos eficazes para o vírus do HIV.  Agora a morte do segundo filho, Maneco, num ataque cardíaco foi absolutamente imprevisto:
"Foi como se abrisse a porta do quintal e, do nada,
visse um disco voador aterrissado ali. Não era possível estar acontecendo. Da perda desse filho, não me recuperei até hoje.
 O que poderia ser mais grave? A terceira guerra mundial não seria nada perto do que estou vivendo.
É quando a morte dos pais, irmãos e amigos fica muito menor.
Junto com ele metade de mim foi arrancada."
(Fonte: Páginas amarelas da Revista Veja - Edição 2.358)

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