terça-feira, 23 de abril de 2013

COMO DEUS CRIOU O AMIGO

Deus na sua extrema sabedoria
observando o homem,
percebeu que ele além da esposa,
dos pais e dos filhos,
precisava de mais alguém
para completar a sua felicidade
e então Ele resolveu
criar alguém muito especial.
E para isso Ele resolveu juntar algumas boas qualidades
para formar esta pessoa muito especial.
Ele juntou a paciência, a compreensão,
o carinho, e o amor
que são típicos da mãe.
Colocou um pouco de determinação,
de força, de decisão, tirados do pai.
E percebendo que ainda faltava alguma coisa, misturou a tudo isso a pureza, a espontaneidade, a alegria, a irreverência e a sinceridade das crianças.
Para dar o retoque final, Ele acrescentou a paciência, e a moderação dos avós.
Disso tudo surgiu um alguém muito especial, importante e fundamental na vida de todos nós.
E de toda essa mistura de boas qualidades
e de tudo que é bom, surgiu

O AMIGO
Foto: Depoimento do médico Roberto Lacerda, de Curitiba, que atuou como voluntário em Santa Maria:

"Fomos dar uma ajuda profissional, voltamos com o coração repleto de gente. Fomos para tentar minimizar a dor. Vocês nos maximizaram humanos.

O motorista de taxi de Porto Alegre se recusou receber o preço da corrida só porque soube que estávamos indo para sua cidade. E disse que se ofenderia se insistíssemos em pagar.
... 
Sentei em uma escada para tomar fôlego e a voluntária veio perguntar se eu precisava de ajuda. Ela tinha uns 16 anos de idade. A moça da limpeza achou uma medalha de algum santo. Uma jóia de 18 quilates. Passou mais de hora perguntando um a um se não lhes pertencia. Depois deixou o ramal do chefe onde a medalha estaria guardada.

Mas não foram essas as atitudes que mais me surpreenderam. O que mais me tocou é que vocês de Santa Maria transformaram substantivo em verbo. Eu e meus amigos do Paraná vimos milhares de placas, adesivos, lacres de porta e fitas negras com a palavra “LUTO”.

Por vários dias eu achei que vocês estavam se referindo ao substantivo: conjunto de reações a uma perda, geralmente pela morte de alguém. Hoje entendi. No meio de tanta dor e diante da necessidade de não parar, “LUTO” em Santa Maria (RS) não é substantivo.

É verbo. EU LUTO! Luto contra a dor, pra não parar, luto contra o injusto para não repetir, luto pelo menor para ninguém perder e luto contra a morte para o meu irmão viver. E é por isso tudo que eu quero que saibam: quando precisarem da gente para conjugar verbos, aí na sua terra, podem nos chamar. Vocês já tem o número!"

(Grato a Talise Tiecher por ter repassado o texto)
(Enviado pela mãe eterna Solange Galvão)

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