domingo, 29 de setembro de 2013

Terapia do Luto

 
 
 
 
 
 
 
Pouco sabemos sobre a terapia do luto, até que nos deparamos com a dolorosa separação de um ente querido.
Muitas questões totalmente desconhecidas chegam á nossa vida de forma compulsória e de repente, sem saber, temos que lidar com a falta do ente querido, com a sua ausência na rotina doméstica, com os seus pertences, com os sonhos interrompidos e uma série de problemas absolutamente novos  e desconhecidos. Aí chega a hora de procurar ajuda de um profissional, de um religioso, de uma pessoa mais experiente, nem sempre as pessoas tem a orientação mais adequada para oferecer,  hoje felizmente já existem profissionais especializados na terapia do luto.
 
Abaixo, parte de um trecho  de um artigo da médica Adriana Thomaz, que trata com muita delicadeza e sabedoria essa questão e que muito pode elucidar o nosso  processo de luto:
 
"Porque a forma mais natural é que a morte dos pais preceda a de seu filho, a mãe tem muita dificuldade para se readaptar a uma nova e aparentemente ilógica realidade, uma vez que sua identidade pessoal esta amarrada ao seu filho, além de sentir-se impotente e perguntar-se, quase sempre, se não poderia ter protegido o seu filho da morte.
A base do trabalho terapêutico do luto com mães que perderam filhos, principalmente de forma trágica, está nas seguintes premissas: a “autorização para sofrer”, o “livrar-se da culpa” e o “você pode ser feliz de novo”.
 
A terapia do luto é a expressão livre dos pensamentos e sentimentos a respeito da morte e tal expressão é parte essencial da cura
.
Muitas vezes é preciso verbalizar, dizer frases concretas, do tipo:
 
 ”Permita-se sofrer: Seu filho morreu. É permitido chorar”,
“Chorar não vai fazer seu filho ficar triste nem atrapalhar o caminho dele”, “Expresse a sua dor abertamente”,
“Quando você compartilha seu sofrimento fora de si mesmo, a cura ocorre. Ignorar a sua dor não irá fazê-la ir embora e falar sobre isso pode fazer você se sentir melhor”,
“Permita-se falar de seu coração, e não apenas de sua cabeça. Isso não significa que você está perdendo o controle ou vai ficar “louca” e sim uma fase normal do processo de luto”,
 “Fale com seus outros filhos sobre a morte do irmão  e, se tiver vontade, chore com eles"
 
(Do Blog- Lidando com a Morte- Adriana Thomaz)
 
GFFE

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