quarta-feira, 31 de julho de 2013

As Borboletas - Para uma Mãe em Especial

 
 
 
 

                             Quando a morte retira de nós aqueles que amamos, normalmente sentimos muito a  dor da separação. Se são nossos pais e estão velhinhos, sentimos imensamente a perda da referência, do porto seguro que sempre representaram, mesmo que estejam em situação de fragilidade, sentimos muita saudade, mas por ser um ciclo natural da vida, entendemos que depois do envelhecer vem o morrer inevitavelmente.
                           Entretanto, quando a morte retira de nós alguém em plena juventude,   sejam os nossos pais, amigos, irmãos, junto a dor e a saudade, vem a indignação porque achamos que não se deve morrer sem primeiro  amadurecer e envelhecer. Achamos que viemos aqui para cumprir todas as  etapas da nossa lógica humana.
                            Assim, independente da nossa limitada visão, uns não chegam a nascer, outros morrem nos primeiros dias, meses e anos de vida, enquanto outros vivem até a velhice, muitas vezes em condições precárias de saúde, levando-nos a questionar a razão daquela existência tão sofrida para o próprio e para os que o cercam.
                           A questão do tempo cronológico nos inquieta sobremaneira, mensuramos por ele se é justo ou injusto o tempo que aqui passamos, porque desconhecemos ou esquecemos que a vida é eterna e que a cada um é dado o tempo necessário para cada experiência que precisa viver fisicamente.
                          Se pudéssemos enxergar a vida sob outra lógica, que não a nossa puramente humana, talvez não sofrêssemos tanto.
                         Lembra que a lagarta antes de nascer vivia num casulo? Depois do nascimento se arrastou pela vida até que num processo de transformação, torna-se uma linda borboleta?   
                        Quando lamentarmos a ida dos nossos queridos, lembremos sempre da beleza e da leveza das borboletas e encontremos nessas imagens o conforto de que eles estão bem, já venceram as etapas do aprisionamento e das limitações e voam em liberdade. De vez em quando retornam e pousam suavemente nas coisas da terra, a nos lembrar que vivem e nos amam.   

                     
              "Somos borboletas de Deus! Passamos pelo apertado e sufocante casulo, mas a metamorfose nos transforma em seres ainda mais belos."(Day Ane)          



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