Não é mais aos homens que me dirijo. É a você, Deus
de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos.
Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam
motivo de nossas calamidades.
Você não nos deu coração para nos odiarmos nem mãos
para nos enforcarmos. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo
de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que
cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis
imperfeitas e opiniões insensatas, não sejam sinais de ódio e perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para te
celebrar, suportem os que se contentam com a luz do Sol.
Que os que cobrem suas roupas com um manto branco
para dizer que é preciso te amar, não detestem os que dizem a mesma coisa sob
um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse
mundo, e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder
e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque você sabe que
não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as
almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho.
Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos
violentemos em nome da paz.
Que possam todos os homens se lembrar que eles são
irmãos!
(Enviado por e-mail pela mãe eterna Solange Melo)
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